REGENERAÇÃO IV - UMA PEQUENA TRANSFORMAÇÃO PARA O MUNDO.

UMA PEQUENA TRANSFORMAÇÃO PARA O MUNDO.

         A pessoalidade dos temas que serão acondicionados ao texto a seguir, com certeza faz parte da personalidade realçada na minha pessoa, como em qualquer pessoa que se esforça em manter um caráter compreensivo dentro do parâmetro que requer a humanidade.

Depois de adulto quando temos uma visão maior das coisas em nossa vida, levando em consideração um grande grau de percepção em todos os sentidos com os sentidos apurados do ser humano, e que por vezes com talvez um pouco de sorte ainda na infância e juventude tal apuração venha.

         Indo a remota infância, em um esforço da mente em distinguir algumas lembranças, vem a minha mente de quando pequenino criado em casa de meus avós maternos, olhava para tudo assustado e com medo, pouca coisa entendia ou mesmo percebia, fui crescendo e ouvindo coisas e as vezes vendo, porque as crianças eram proibidas de quase tudo, mas nem todo adulto era rigoroso, as vezes via discussões, sentado na porta da casa da vovó e do vovô, que dava para rua depois do caminho da vila onde era a casa, ambiente de poucos recursos apesar dos moradores trabalhadores, alguns anos mais tarde percebi a pobreza em que vivíamos, ainda nem conhecia minha mãe direito, nem meu pai, e criança  solitária, me acostumando realmente com aquela solidão, que apesar das crianças próximas pouco me entrosava, pensava muito, ficava curioso com as coisas, as vezes muito deprimido, mas me afeiçoava rápido com quem me tratava bem, apesar do meu acanhamento, cuidado por duas primas de temperamentos diferentes mas acabei me adaptando a elas, estava apegado apesar que elas tinha a vida delas pra cuidar, não vou aqui detalhar mais no olhar de hoje era uma vida degradante, muitas coisas e pessoas marcaram esta parte da minha vida, mas tem uma coisa triste que quase acabou comigo quando criança, mas ninguém até hoje sabe nem notou, quando chegou a noticia na casa da vovó e do vovô, que tinham cortado uma de minhas primas, pequeno eu só ouvia e notava o corre, corre, quando de fato ouvi alguns adultos contando o que aconteceu uns aos outros, comecei a chorar escondido, e nem queria ver o rosto da minha prima, enfim esta fase passou com muitas historias tristes e alegres apesar da vida degradante, a qual descrevo uma passagem também no livro “SUBINDO E DESCENDO DESCENDO E SUBINDO O MORRO”, muito mais tarde quando adulto e casado.

VISÃO DO LOCAL DA CASA DOS PAIS NO SALGUEIRO ANOS 60/70

         Na adolescência a vida ainda não tinha melhorado, passei a ter um pouco de discernimento sobre a minha própria pessoa, nesta altura estava morando com meus pais, quase numa involução completa, em meio a um ambiente de  pobreza e influenciador, morando em um pequeno barraco, onde faltava quase tudo, apesar dos esforços dos meus pais, em meio as muitas controvérsias, mesmo tendo descoberto das piores maneiras o novo despertar da vida da infância para adolescência, o que via e vivia me impulsionava a sonhar, no meu jeito, cometido e acanhado e na maioria das vezes solitário, sempre buscando entender alguma coisa, procurando ouvir alguns adultos, principalmente os sábios, os bons conselheiros, mas a desgraça e a tristeza na família era tanta, que por vezes ia as lagrimas, ainda na adolescência pensava em tirar a vida, mas nas minhas intensas reflexões apesar de jovem pensava firmemente ajudar minha mãe, e fui resistindo com o tempo os percalços da vida.

         ─Mas aonde entra o tema da degeneração e regeneração?

         ─ Se perceberes o texto notará o foco desconfortável da tristeza e da pobreza.

         ─ mas isto é algo comum na vida humana.

         ─ sim é verdade, um processo degenerativo dentro de   um processo global, que envolve o mundo obviamente. Um ínfimo fragmento temático pessoal, dando a entender o quanto o ser humano tem que mudar a si mesmo e a vida ao seu redor, no entanto fracassa devido a impulsos contrários, que o leva agredir a si mesmo, principalmente agredindo o seu semelhante, descaracterizando a suposta inteligência que tem, e que assim sendo traduz o atraso mental em que vivem, mesmo olhando para sua história que mesmo em alguns tópicos sendo deturpada tem muito a ensinar, a caminhar para um futuro coletivamente promissor, a ser transformado em um novo ser humano, o que vem acontecendo ao longo dos séculos, é questão de observarem através dos estudos.

         Em minha adolescência a partir da primeira maior idade 18 anos, pois acredito que a maioridade se inicia sacramentadamente aos 21 anos, houve uma mudança radical na minha vida, comparada ao período anterior, depois de muito esforço de estudar adentrei ao serviço público, eis ai uma pequena regeneração em minha vida, não era muito, mas o suficiente para dar um respiro muito grande no meu cotidiano não muito agradável. O interessante a observar é que como o bem e o mal, a degeneração e a regeneração convivem em uma mesma essência animadora que é a vida. Se uma prevalecer arrasta a outra, devido a falta de conhecimento, principalmente do desconhecido que suplanta a mente a imaginação da maioria dos seres humanos, o esforço para não degenerarem vão além das suas forças, materiais e espirituais.

         Muitas vivencias ao longo desta minha vida, como a de qualquer ser humano surtem efeitos experienciais, aprendizados, lutas ferrenhas, que vão formatando sua história, e em nenhuma passagem estão sozinhos, todos são personagens na história de alguém, seja de que modo for, muitos em caminhos sem volta, sem esperança, porque não tem o conhecimento que precisam pelo menos para amenizar suas agruras. Então a minha vida de adulto em diante evolui com seus altos e baixos, o que faz com que eu note o quanto ainda sou deficiente com os dons perceptíveis, naturais e visto a olho nu, e aos ocultos, misteriosos incutidos em cada ser humano, e não sabemos lhe dar com os mesmos, até porque a maioria ainda não acredita nesta possibilidade, e é difícil mesmo acreditar, na maioria das vezes tudo corrobora para o descrédito.

RESIDENCIA ANOS90/2000

         Com certeza não chegarei alcançar o ápice da regeneração, pois eu sou só um ínfimo fragmento regenerativo do processo global do planeta, que vive segundo a ciência mas uma mudança periódica, onde o translado necessário serÁ com certeza efetuados, espero ter a consciência perceptiva, clara e concreta desta evolução, e poder sair desta vida sabendo o caminho a seguir e regenerar-me completamente.

Ruy de Oliveira Costa.