quinta-feira, 12 de março de 2020

UM DIA DE MISERICÓRDIA (CRÔNICA )





PERDÃO.


         O perdão um dos discípulos do amor ora se manifesta neste pequeno mundo, como se fosse uma vacina que a curto e longo prazo venha fazer efeito, colocando as mentes pensantes a se colocarem contra ou a favor, por diversas partes do mundo, em todas as épocas sempre se fez presente em meio a grupamentos de virtudes missivas a moldar e personificar novos seres e mudarem outros. Para o mundo algo muito difícil devido o desenrolar das histórias da humanidade, onde os conflitos de toda a especie surgiram, desde as individualizadas, as coletivas.

         Me permitam abordar uma matéria jornalística, gerando a mesma uma polêmica conflitante, diversas opiniões surgiram diante de um abraço de um médico a um detento, em visita a um presidio, cuja a sensibilidade do doutor, mediante a exposição de carência do detento transexual, lhe dera em ato contínuo um abraço solidário e fraternal, entretanto este ato foi motivo de muita celeuma, em razão de no passado o crime deste detento foi assassinar uma criança covardemente, provocando grande comoção popular, muitos contra o abraço outras a favor.
 
O médico e o detento.
         Os argumentos, dentro de uma lógica humana, abalizada pelo cotidiano condenava o abraço, principalmente por considerarem uma falta de respeito para com a família da criança assassinada violentamente e principalmente com seus pais, e a mãe que ficara muito sentida. Por outro lado, as pessoas que levavam o tema para o lado religioso, espiritual e avaliavam sob o ponto de vista da misericórdia de um espirito sofredor.

         Ambas manifestações contra e a favor do abraço, são linhas paralelas conhecidas do ser humano, infelizmente não entendidas, muito menos compreendidas, nota-se a inferioridade da personalidade humana, mesmo entre os intelectuais e estudiosos cônscios de tal fato, diante dos conhecimentos pré-estabelecidos, imagine referente aos supostos conhecimentos que estão por vir.

         Pressuponho dentro do rudimentar conhecimento por mim absorvido, e que é de conhecimento publico que a humanidade infelizmente ainda não se encontra devidamente preparada para a elementar evolução prescrita nos anais da história, muito apregoada sob a rotulagem fictícia, como se fosse algo ilusório da imaginação humana, mas não o é, quem tem olhos para ver, esta vendo e ainda assim tem gente que não acredita.
         Razão pela qual digo, que numa situação como noticiada nos meios de comunicação onde são protagonistas um renomado médico, e um detento assassino, onde uma das formas do perdão se apresenta, só tem consistência em seres de orbes de despertas dimensões, cuja a mente humana que transita por suas buscas indagadoras se aproximam em suas reflexivas divagações, no entender e compreender o que ainda lhe é incompreensível.
 
Caim e Abel.
         Asseguro por assim dizer que o número de seres humanos capaz do perdão, que não eximi o criminoso da pena é próximo de zero, e o que perdoa e não o incrimina menor ainda, o perdão lhe é dado, mas como Caim é apenado. Do fundo d`alma me apresso em dizer do meu pensamento, abalizado por um dizer apregoado a Joshuá que diz, — bom é o pai que está no céu, somente tal ser é capaz deste perdão, impingido aos próximos como Joshuá, no epicentro que da luz do mesmo emana, e se algum ser humano absorver no seu despertar a essência desta luz, seja ele humano que for, nele já caberá a fagulha do amor que o facultará a um ato de perdão, no silêncio do seu EU e no manifesto discreto de suas atitudes, lançando a semente a aqueles que buscam o seu despertar.

         Para finalizar esta complexa crônica ouso dizer que é preciso pensar, e mais que pensar refletir de tal modo que de maneira cônscia, possa ultrapassar os ditames dos conhecimentos até então apregoados, assim descortinando e ou levantando o véu que não deixava ver o que estava oculto, pela simples razão de não acreditar nas possibilidades de suplantar o aprisionamento em que vive a mente humana. PERDÃO É POSSÍVEL A AQUELES QUE SE DEIXAM ALCANÇAR PELA LUZ.
O divino humanizado.


Ruy de Oliveira Costa.
(poeta/escritor)

        









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