sexta-feira, 27 de março de 2020

SOMBRA







SERIA UM ESPECTRO?

Dependendo do tempo do dia e da noite, onde quer que esteja, sozinho e ou acompanhado, surge algo comum junto aos seres viventes, é uma manifestação incompreensível, apesar da naturalidade com que nos interagimos.
Quando as pessoas se aglomeram, também aparecem aglomeradas, é algo que me deixa muito curioso, é distinguida como nossa silhueta, repete nossos gestos, nos acompanha quando pode.



Por vezes se encontra à nossa direita, à esquerda, adiante de nós, em nossa retaguarda, obscura manifestação por interceptação de raio luminoso, as vezes se manifesta de todos os lados ao mesmo tempo, acho que sua definição tenha mais profundidade.


SOMBRA, algumas até assombra, em lugares desertos, em outros dá medo, tem gente que nem liga e até ignora. Penso as vezes que a sombra seja uma especie de espectro da matéria, me parecendo sinalizar um paralelo de algo que ainda não cabe explicação.
Há! Me lembrei que a sombra geralmente alivia um pouco a temperatura, como a sombra de uma árvore e outros tantos corpos grandes que a reproduzem. Quando em espaços bem iluminados, e extremamente escuro desaparece, finalizado o corpo humano, também se evapora, e se alguém chora, é bem possível ver na sombra o respigar da lagrima,

 

 
e para encerrar não deixarei uma sombra por agora.


Ruy de Oliveira costa.




 
 


quinta-feira, 12 de março de 2020

UM DIA DE MISERICÓRDIA (CRÔNICA )





PERDÃO.


         O perdão um dos discípulos do amor ora se manifesta neste pequeno mundo, como se fosse uma vacina que a curto e longo prazo venha fazer efeito, colocando as mentes pensantes a se colocarem contra ou a favor, por diversas partes do mundo, em todas as épocas sempre se fez presente em meio a grupamentos de virtudes missivas a moldar e personificar novos seres e mudarem outros. Para o mundo algo muito difícil devido o desenrolar das histórias da humanidade, onde os conflitos de toda a especie surgiram, desde as individualizadas, as coletivas.

         Me permitam abordar uma matéria jornalística, gerando a mesma uma polêmica conflitante, diversas opiniões surgiram diante de um abraço de um médico a um detento, em visita a um presidio, cuja a sensibilidade do doutor, mediante a exposição de carência do detento transexual, lhe dera em ato contínuo um abraço solidário e fraternal, entretanto este ato foi motivo de muita celeuma, em razão de no passado o crime deste detento foi assassinar uma criança covardemente, provocando grande comoção popular, muitos contra o abraço outras a favor.
 
O médico e o detento.
         Os argumentos, dentro de uma lógica humana, abalizada pelo cotidiano condenava o abraço, principalmente por considerarem uma falta de respeito para com a família da criança assassinada violentamente e principalmente com seus pais, e a mãe que ficara muito sentida. Por outro lado, as pessoas que levavam o tema para o lado religioso, espiritual e avaliavam sob o ponto de vista da misericórdia de um espirito sofredor.

         Ambas manifestações contra e a favor do abraço, são linhas paralelas conhecidas do ser humano, infelizmente não entendidas, muito menos compreendidas, nota-se a inferioridade da personalidade humana, mesmo entre os intelectuais e estudiosos cônscios de tal fato, diante dos conhecimentos pré-estabelecidos, imagine referente aos supostos conhecimentos que estão por vir.

         Pressuponho dentro do rudimentar conhecimento por mim absorvido, e que é de conhecimento publico que a humanidade infelizmente ainda não se encontra devidamente preparada para a elementar evolução prescrita nos anais da história, muito apregoada sob a rotulagem fictícia, como se fosse algo ilusório da imaginação humana, mas não o é, quem tem olhos para ver, esta vendo e ainda assim tem gente que não acredita.
         Razão pela qual digo, que numa situação como noticiada nos meios de comunicação onde são protagonistas um renomado médico, e um detento assassino, onde uma das formas do perdão se apresenta, só tem consistência em seres de orbes de despertas dimensões, cuja a mente humana que transita por suas buscas indagadoras se aproximam em suas reflexivas divagações, no entender e compreender o que ainda lhe é incompreensível.
 
Caim e Abel.
         Asseguro por assim dizer que o número de seres humanos capaz do perdão, que não eximi o criminoso da pena é próximo de zero, e o que perdoa e não o incrimina menor ainda, o perdão lhe é dado, mas como Caim é apenado. Do fundo d`alma me apresso em dizer do meu pensamento, abalizado por um dizer apregoado a Joshuá que diz, — bom é o pai que está no céu, somente tal ser é capaz deste perdão, impingido aos próximos como Joshuá, no epicentro que da luz do mesmo emana, e se algum ser humano absorver no seu despertar a essência desta luz, seja ele humano que for, nele já caberá a fagulha do amor que o facultará a um ato de perdão, no silêncio do seu EU e no manifesto discreto de suas atitudes, lançando a semente a aqueles que buscam o seu despertar.

         Para finalizar esta complexa crônica ouso dizer que é preciso pensar, e mais que pensar refletir de tal modo que de maneira cônscia, possa ultrapassar os ditames dos conhecimentos até então apregoados, assim descortinando e ou levantando o véu que não deixava ver o que estava oculto, pela simples razão de não acreditar nas possibilidades de suplantar o aprisionamento em que vive a mente humana. PERDÃO É POSSÍVEL A AQUELES QUE SE DEIXAM ALCANÇAR PELA LUZ.
O divino humanizado.


Ruy de Oliveira Costa.
(poeta/escritor)