sexta-feira, 19 de outubro de 2018

PARABÉNS PRA VOCÊ, SUPERMERCADO.


PARABÉNS PRA VOCÊ, SUPERMERCADO.

O aniversário do popularíssimo supermercado previamente anunciado, estabelecia o nível de agitação no bairro, após deixar as crianças no colégio, direcionara-se para o supermercado, o transito nos arredores intenso, carros, ônibus, motoqueiros, ainda não estava aberto, sete horas e adentrou ao estacionamento entrando no espaço do idoso, o numero de pessoas era grande ainda não assustador, mãe e filha envolveram-se na multidão, pessoas com bolsas outras com o carrinho do supermercado. __ tem gente que vem só para se divertir, disse a mãe da jovem sorridente.

O marido ficou do ado de for do supermercado, do outro lado da calçada próximo a banca de jornal, um pouco aflito, sofria da ânsia da espera, uma espécie de síndrome de não gostar de esperar, mas controlou-se bem, ficava olhando o ambiente de entrada das pessoas pela rua Marechal Soares de Andréa, esquina com av. Santa Cruz, Realengo.

Passado entre cinco e dez minutos, o movimento de pessoas aumentou na localidade, o conjunto residencial da rua Capitão Teixeira parecia acordar com os moradores se dirigindo para os seus afazeres, uns dos quais era trabalhar e ir ao mercado, obviamente depois de tomar o café da manhã, bem possível alguns não terem tomado.

O montante de pessoas no supermercado e nas ruas era muito grande, tal qual o fluxo de veículos chegando, transeuntes que iam para a estação de trem, fotografavam com seus celulares, moto táxis em num vai e vem levando seus , passageiros, vários perfis de pessoas se movimentando, jovens, velhos, mães com crianças de colo, gravidas, pessoas sorridentes, outras sérias, e o comercio em volta abrindo suas portas, as farmácias de plantões em troca de funcionários que chegavam para trabalhar e outras a se retirarem do serviço. Não havia quem por ali transitassem e não olhassem para o supermercado, com uma multidão assustadora, carrinhos sendo levantados à procurar passagem na multidão, alguém gritou, __ o mundo está acabando.



Gente parando carro próximo tipo abandonando para poder de alguma forma entrar, gente a empurrar outras, o sufoco estava generalizado, a hora de abrir de fato o supermercado se aproximava. Indagado por uma senhora no outro lado da calçada oposta a entrada da rua marechal Soares de Andrea, o senhor que espreitava a tentar localizar mulher e filha na multidão, ___ absurdo. E o mesmo respondeu, __ isto é um de muitos exemplos de manipulação de massa, da população. E devido ao momento politico a senhora continuou, __ o senhor é direita, esquerda. __ não sou direita, nem esquerda, nem centro. ___então o seu voto vai ser nulo. __é, mas eu diria que nunca votamos num concreto abstratismo de controle, no qual a complexidade não nos permiti detectar, consequentemente provar. Continuou o senhor, __resta-nos vivenciar tudo e ensaiar uma possível resistência.
A senhora despediu-se e seguiu seu caminho, então o povo invadiu o supermercado, pois o mesmo oficialmente abriu as oito horas, do lado de fora via-se os acotovelamentos, e percebia-se alguns minutos depois algumas pessoas saindo com suas compras, gente que foi buscar realmente o necessário ou o que o dinheiro dava.
Lá dentro, era o campo de batalha, que exigia paciência, tolerância e muito jogo de cintura. Apesar de pequeno período de desencontro marido, mulher e filha se encontraram, e depois de uma saída estratégica, onde as compras foram alocadas num espaço lateral de um posto de gasolina ao lado, e o marido fora buscar com as notas de compra e ticket  de estacionamento o carro, e assim partiram para abastecer o veículo num outro posto, onde outro mal entendido ocorrera, ao pedir o frentista dez litro de combustível , o mesmo entendeu dez reais, sem olhar e desatento partira, e olhando no painel percebeu que o combustível mantinha-se inalterado, voltara  e o problema foi solucionado, e o dia festivo de um supermercado que virou tradição, recebeu este parabéns pra você, com esta crônica no dia 19 de outubro de 2018.


Ruy de Oliveira Costa.



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