PARABÉNS PRA
VOCÊ, SUPERMERCADO.
O aniversário
do popularíssimo supermercado previamente anunciado, estabelecia o nível de
agitação no bairro, após deixar as crianças no colégio, direcionara-se para o
supermercado, o transito nos arredores intenso, carros, ônibus, motoqueiros,
ainda não estava aberto, sete horas e adentrou ao estacionamento entrando no
espaço do idoso, o numero de pessoas era grande ainda não assustador, mãe e
filha envolveram-se na multidão, pessoas com bolsas outras com o carrinho do
supermercado. __ tem gente que vem só para se divertir, disse a mãe da jovem
sorridente.
O marido
ficou do ado de for do supermercado, do outro lado da calçada próximo a banca
de jornal, um pouco aflito, sofria da ânsia da espera, uma espécie de síndrome de
não gostar de esperar, mas controlou-se bem, ficava olhando o ambiente de
entrada das pessoas pela rua Marechal Soares de Andréa, esquina com av. Santa Cruz,
Realengo.
Passado entre
cinco e dez minutos, o movimento de pessoas aumentou na localidade, o conjunto
residencial da rua Capitão Teixeira parecia acordar com os moradores se dirigindo
para os seus afazeres, uns dos quais era trabalhar e ir ao mercado, obviamente
depois de tomar o café da manhã, bem possível alguns não terem tomado.
O montante
de pessoas no supermercado e nas ruas era muito grande, tal qual o fluxo de veículos
chegando, transeuntes que iam para a estação de trem, fotografavam com seus
celulares, moto táxis em num vai e vem levando seus , passageiros, vários perfis
de pessoas se movimentando, jovens, velhos, mães com crianças de colo, gravidas,
pessoas sorridentes, outras sérias, e o comercio em volta abrindo suas portas,
as farmácias de plantões em troca de funcionários que chegavam para trabalhar e
outras a se retirarem do serviço. Não havia quem por ali transitassem e não
olhassem para o supermercado, com uma multidão assustadora, carrinhos sendo
levantados à procurar passagem na multidão, alguém gritou, __ o mundo está acabando.
Gente parando
carro próximo tipo abandonando para poder de alguma forma entrar, gente a
empurrar outras, o sufoco estava generalizado, a hora de abrir de fato o
supermercado se aproximava. Indagado por uma senhora no outro lado da calçada
oposta a entrada da rua marechal Soares de Andrea, o senhor que espreitava a
tentar localizar mulher e filha na multidão, ___ absurdo. E o mesmo respondeu,
__ isto é um de muitos exemplos de manipulação de massa, da população. E devido
ao momento politico a senhora continuou, __ o senhor é direita, esquerda. __
não sou direita, nem esquerda, nem centro. ___então o seu voto vai ser nulo.
__é, mas eu diria que nunca votamos num concreto abstratismo de controle, no
qual a complexidade não nos permiti detectar, consequentemente provar. Continuou
o senhor, __resta-nos vivenciar tudo e ensaiar uma possível resistência.
A senhora
despediu-se e seguiu seu caminho, então o povo invadiu o supermercado, pois o
mesmo oficialmente abriu as oito horas, do lado de fora via-se os
acotovelamentos, e percebia-se alguns minutos depois algumas pessoas saindo com
suas compras, gente que foi buscar realmente o necessário ou o que o dinheiro
dava.
Lá dentro, era
o campo de batalha, que exigia paciência, tolerância e muito jogo de cintura. Apesar
de pequeno período de desencontro marido, mulher e filha se encontraram, e
depois de uma saída estratégica, onde as compras foram alocadas num espaço
lateral de um posto de gasolina ao lado, e o marido fora buscar com as notas de
compra e ticket de estacionamento o carro,
e assim partiram para abastecer o veículo num outro posto, onde outro mal
entendido ocorrera, ao pedir o frentista dez litro de combustível , o mesmo
entendeu dez reais, sem olhar e desatento partira, e olhando no painel percebeu
que o combustível mantinha-se inalterado, voltara e o problema foi solucionado, e o dia festivo
de um supermercado que virou tradição, recebeu este parabéns pra você, com esta
crônica no dia 19 de outubro de 2018.
Ruy de
Oliveira Costa.