É PRECISO.
Eu preciso caminhar e refletir, ir de encontro à natureza, liberar, deixar vir em mim toda manifestação de amor sem fim.
Pegar no meu vagueio a estrada da paz, no Alto da Boavista, falar com os bichos, com seres vegetais, amar todos os seres, pensar num todo com todos eles, imaginar estar vivendo sem estar se matando ou morrendo.
Eu preciso... e é preciso, vagar por entre os arvoredos sentindo a brisa que alisa todo meu ser, num carinho, num afeto de bem fazer, quero rir na sombra das folhagens, quero desaguar a ansiedade ao me deitar na ramagem ao longo do riacho e matar a saudade.
Em estar respirando este ar com seu cheiro de recordação aflorando em meu peito a vontade do coração, que é amar e ser amado sem destruir, sem extinguir desejando nunca partir.
É preciso... e eu preciso, estar envolvido por esta áurea cheia de sentimentos nobres e tornar realidade sempre sem precisar que cobrem, é preciso que o sol venha, que a chuva caia , que o vento sopre e que mais ninguém ao chegar morra na praia.
Se concretize todos os anseios de amor e liberdade, é preciso, nós precisamos viver a vida sem maldade, que extrapola as medidas sempre criando briga onde se manifesta a descriminação.
Porém aqui não, aqui dentro deste estado belo e maravilhoso mundo vegetal, onde não só eu, mas todos possam se sentir realmente um filho natural.
ROC
poesia do poeta simples do seu primeiro livro lançado em 2002.
especula-se segunda edição.
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